Kadafi está em todas as capas da mídia do mundo inteiro. Vivo, o ditador líbio jamais teve tal glória. Sonhou, porém não teve.
O único que chora sua morte, é o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Os outros líderes mundiais suspiram de alívio. A tal ponto que sua morte suscita dúvidas. Le Soir a classifica de fim sórdido. E lembra que, como no caso de Saddam Hussein et de Osama Bin Laden, não teremos processos corretos. E não saberemos nada sobre os compromissos que as potências ocidentiais haviam passado com o ditador líbio.
The Guardian tenta recompor os eventos que levaram à morte de Kadafi numa história coerente juntando elementos das diferentes versões que circulam. O jornal anuncia o enterro para sexta-feira. El País lembra o papel fundamental do Mirage-2000 das Forças Aéreas francesas. Participando da aviação da OTAN, o caça lançou os mísseis que desbarataram o comboio no qual Kadafi fugia de Sirta.
Após quarenta e dois anos de perseguição, repressão, tortura e mortes frias, que referências pode ter o povo líbio? Como se reconstruir depois de quatro decenias de tirania pura e dura? Se a balbuciante democracia líbia emerge de uma execução primária, seu futuro pode estar comprometido. Cabe aos líbios encontrar o caminho da democracia. Não será um percurso fácil.
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