As Viagens de Gulliver é que nem Pokemon. A gente assiste porque a criançada quer ver.
Jack Black canta e dança como um elefante numa loja de cristais - aliás, como ele costuma fazer. Qualquer desculpa é boa para pegar uma guitarra e cair no rock 'n' roll. A fórmula Jack Black caiu como uma luva em Escola de Rock, mas em Gulliver... não tem nada a ver.
Imagine que Jonathan Swift jamais escreveu o livro que inspirou o filme e que um office-boy, Lemuel Gulliver (Jack Black) se apaixona pela editora de turismo de um grande jornal nova-iorquino, Darcy Silverman (Amanda Peet). O office-boy, ou melhor, o responsável pela correspondência, convence a editora a confiar-lhe um artigo sobre o Triângulo das Bermudas. E é lá que ele se vê em Lilliput, terra de gente minúscula. De repente, aquele cara tímido e mal-amado se torna literalmente um gigante.
Jack Black faz de tudo no filme: canta, dança, luta e... tira a camisa. Santa piedade, esta parte ele bem que poderia ter pulado. As cenas em que ele mostra a cueca também. Sabe aquela cueca branca com duas entradas na frente que o meu avô usava quando estava na moda, mas ficava melhor nele do que no Jack Black? Pois é, é o modelo usado.
O filme até que tem seus lados positivos. O cenário é muito bem acabado. A gente se sente na Mini-Europa, atração turística em Bruxelas, onde há monumentos em miniatura de diversos países europeus. Para que uns pareçam gigantescos e outros minúsculos, imagens em escalas diferentes foram sobrepostas. Em parte do filme, o trabalho foi bem feito; há momentos em que dá a impressão de ser de verdade, ou pelo menos é a sensação que dá a versão normal; não assisti em 3D. Ainda bem que os efeitos são razoáveis e que as crianças gostam, afinal foram gastos U$ 112 milhões para produzí-lo. No primeiro final de semana nos EUA em dezembro de 2010, o filme arrecadou mais de U$ 6 milhões. Lançado no Brasil em 14 de janeiro de 2011. Idade recomendada: a partir de 5 anos.
Não tem Pikachu, porém tem o Jack Black. Tão balofofo quanto.
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